O levantamento coordenado pela professora da FSP/USP Helena Ribeiro, divulgado terça-feira (7/3), envolveu as 34 cidades da região metropolitana. Como critério de análise os pesquisadores estudaram os programas iniciados até 2003, restritos a 11 municípios. Segundo a coordenadora da pesquisa, a reciclagem em Embu está mais organizada, o centro de triagem melhor estruturado e os trabalhadores utilizam equipamentos adequados e uniformes. De acordo com a pesquisa, a sustentabilidade do programa de coleta seletiva de Embu atingiu 3,0 pontos; de Barueri, 2,5 e o de São Paulo 2,0, índices que os colocam em nível médio. "Nenhum dos 11 programas municipais de coleta seletiva conseguiu alta sustentabilidade socioeconômica e ambiental", explicou a professora Wanda Risso.
A região metropolitana de São Paulo (RMSP) vive um contraste: enquanto 53% do seu território está em Área de Proteção de Mananciais (APM), apenas 50% dos resíduos sólidos são depositados em aterros sanitários, constataram os pesquisadores.
Embu das Artes tem 60% do seu território em APM. Atenta à necessidade de ampliar a coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos, sensibilizar a população para a importância de preservar o meio ambiente e melhorar as condições de saúde pública, a prefeitura lançou uma nova fase do Programa de Coleta Seletiva. Com a campanha Renove, Separe, Recicle, coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o tema já ganhou as ruas da cidade. Em painéis de rua, cartazes, folhetos, anúncios e até um vídeo que está sendo apresentado em diferentes eventos e reuniões com a população, o governo municipal busca uma nova atitude dos cidadãos frente às questões do lixo.